Audiência Pública discute descarte de restos de gesso e filtros de óleo
Na tarde de sexta-feira (8.out), foi realizada audiência pública na Câmara Municipal para discutir o destino de filtros de óleo, gesso e outros restos de determinados materiais de construção em Anápolis.
A iniciativa foi do vereador Reamilton Espíndola (Republicanos), e contou com as presenças do diretor de Limpeza Urbana de Anápolis, Yan de Castro, do diretor de Regulação e Fiscalização e Controle do Município, Teles Júnior e de empresários.
“Fui procurado por empresários, por donos de oficinas, e de pessoas que trabalham com gesso, com estopa e isopor, por exemplo, que não tem local adequado para descartar o lixo produzido”, explicou Reamilton.
De acordo com o vereador, esse lixo não pode ser descartado no aterro sanitário. Além da questão financeira dos empresários e trabalhadores, existe a preocupação com o meio ambiente.
“É um lixo que polui. Se jogado na natureza, nos rios, o prejuízo para o meio ambiente será grande”, frisou o vereador do Republicanos.
O representante das oficinas mecânicas, Adearde Jan, disse que hoje os empresários estocam o lixo e pagam uma empresa terceirizada para recolher o material descartado.
“E o preço é alto. Donos de pequenas empresas não têm condições de pagar pelo recolhimento. E aí? Para onde vai esse resíduo? Não pode jogar nos rios, não pode descartar no meio ambiente e não pode ser queimado a revelia. É uma questão que precisa ter uma solução”, questionou.
Adearde reforçou que muitos empresários querem cumprir o que diz a lei, mas é preciso ter apoio do poder público. “Já pagamos tantos impostos, IPTU, Alvará e outras taxas. A lei do descarte do lixo não alcança essa categoria em Anápolis e nós precisamos de uma resposta nessa coleta terceirizada que tem alto custo”, comentou.
Outro Lado
O diretor de Limpeza Urbana, Yan de Castro, representou o secretário municipal de Meio Ambiente, Mauro Douglas. Ele explicou que o aterro sanitário de Anápolis atua regido pela Lei Federal que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos e é licenciado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
Nesse sentido é classificado como um aterro classe 2 – autorizado para receber lixo domiciliar e alguns produtos de origem dos Resíduos da Construção Civil (RCC), como telhas, cimento e pedras, por exemplo.