Aprovado projeto que torna obrigatório desfibrilador em locais com grande aglomeração de pessoas
A Câmara Municipal aprovou na sessão desta terça-feira (12.dez), projeto de lei do vereador Jean Carlos (PTB) que torna obrigatório que locais com grande aglomeração de pessoas em Anápolis tenham um aparelho desfibrilador cardíaco externo semiautomático.
Para virar lei, a propositura precisa ser sancionada pelo prefeito. A partir disso, os seguintes locais vão precisar ter o aparelho: estação rodoviária, terminal urbano, aeroporto, centros comerciais, shoppings, centro de convenções, estádio e ginásio esportivo, academias de ginástica, hotéis, estabelecimentos de ensino públicos e privados, templos religiosos e outros cuja capacidade seja igual ou superior a 500 pessoas.
O projeto também determina a manutenção de um desfibrilador em eventos com previsão de circulação ou concentração de 500 ou mais pessoas por dia, ou em determinado período do dia.
A propositura do vereador Jean torna obrigatória a presença de pessoa com ou sem treinamento clínico, designada e treinada para o uso do desfibrilador e para a realização dos primeiros socorros, bem como dos demais procedimentos práticos auxiliares envolvidos na técnica de ressuscitação, nos locais previstos para ter o desfibrilador.
“Com a finalidade de estabelecer os parâmetros de conduta e treinamento para o uso do desfibrilador semiautomático externo, bem como realização de outros procedimentos práticos auxiliares envolvidos na técnica de ressuscitação, os estabelecimentos mencionados na lei oferecerão curso de capacitação mínima a dois de seus profissionais”, estabelece ainda o projeto de lei.
Em sua justificativa, Jean Carlos diz que o objetivo é tornar emergencial o atendimento aos cidadãos anapolinos acometidos por doença cardiovascular. “Atualmente as doenças do coração engrossam as estáticas de morte nos grandes centros urbanos, e segundo a Organização Mundial de Saúde, no Brasil 300 mil pessoas morrem anualmente, sendo um óbito a casa dois minutos. Na maioria das vezes as causas desses ataques acontecem devido o alto índice de estresse do dia a dia, bem como outros fatores, obesidade, má alimentação e a hereditariedade”, explica o vereador.
Jean Carlos diz ainda que estudos médicos apontam que atualmente a chance de se obter sucesso no atendimento de um paciente com parada cardiorrespiratória dependerá do primeiros socorros. “Nesse sentido, a realização de procedimento de desfibrilação se mostra fundamental para otimizar o atendimento”, completa o vereador.