Antônio Gomide critica mudanças feitas pela prefeitura na área da saúde
O vereador Antônio Gomide (PT) repercutiu na tribuna, nesta quarta-feira (21.nov), as declarações dadas pelo secretário municipal de Saúde, Lucas Leite, durante visita à Câmara na sessão anterior, para falar sobre a reestruturação na área iniciada há cerca de um mês.
“É um assunto que aflige os bairros. Quero lamentar a forma que o Poder Executivo esteve nessa Casa, e como foi dito e falado aquilo que está sendo proposto e pensado para nossa cidade”, iniciou Gomide. O vereador frisou que “fez questão” de buscar o pronunciamento de Lucas Leite na íntegra, para poder elaborar seus argumentos.
“Há uma distância do que foi dito e aquilo que estamos vivendo na nossa cidade”, prosseguiu Gomide. Segundo ele, há falhas no atendimento de saúde, desde falta de ressonância até um simples exame de sangue. “E todos nós, vereadores, sabemos o que estamos falando”, disse.
Antônio Gomide afirmou que o prefeito não tem dado conta de entregar obras e que quando a atual gestão deu início, havia cinco unidades de saúde em construção. “Uma só ficou pronta”, completou.
O vereador questionou como será possível aumentar a cobertura da atenção básica na cidade de 53% para 85%, se nem essas obras ficam prontas. “A construção da unidade do Jardim Tropical está parada e começou há cinco anos, no qual o atual prefeito precisa terminar”, comentou. Ele também pediu atenção à obra no Leblon, hoje “à deriva”.
Gomide também falou sobre a proposta de direcionar exames laboratoriais para rede pública, via Lacema, anunciado pelo secretário. “Pega o Diário Oficial, tem mais de 50 laboratórios particulares, gastando R$ 50 milhões. E mesmo assim, quando precisa lá na ponta, não tem sistema para marcar [os exames]”.
Gomide também comentou a fala sobre o Cais do Jardim Progresso. Segundo ele, o secretário disse que o local não tem condições de oferecer pronto-atendimento. “É claro que não, ele foi feito há 30 anos. Qual era a realidade da cidade na época? Mas hoje ele precisava ser no mínimo 24 horas, como estava”, completou. O vereador cobrou o atendimento 24 horas também no Cais Abadia Lopes, que dá assistência a pelo menos 50 mil pessoas.
“E o absurdo do absurdo: fechar e acabar com o Cais Mulher. Ele foi lacrado, fechado. Fizeram daquela unidade de mais de mil metros quadrados um puxadinho para fazer o centro pediátrico”, disse ainda Antônio Gomide.
Sobre o local onde foi levada a estrutura do Cais Mulher, no Cais Abadia Lopes, Gomide falou que se trata de um corredor, com dois consultórios que não tem banheiro. “As mulheres saem do exame ginecológico e não podem fazer higienização porque não tem banheiro”, discursou o vereador, que classificou a situação como “improviso”.
Gomide também disse que o secretário de Saúde afirmou que já comprou um mamógrafo digital. “Quero dizer que ninguém comprou. Olhei no Diário Oficial e não tem processo aberto ou processo de compra. Se é intenção, não podia falar que já comprou. Teria que ter humildade”, concluiu o vereador.