Andreia Rezende destaca importância de projeto que cria Semana de Conscientização da Violência Obstétrica
“As políticas públicas precisam avançar, principalmente em temas difíceis e tabus, mas essenciais porque são de saúde pública”, iniciou Andreia, lembrando sua militância pelas mulheres, o que fez propor o projeto de lei.
“A violência em si é absurda, mas ainda temos a violência obstétrica, isso no momento mais vulnerável, que é a hora do parto”, disse a vereadora, que trouxe estatísticas: 45% das mulheres da rede pública sofrem violência obstétrica e 30% na rede particular. “Algumas mulheres perdem seus bebês e outras ficam com lesões físicas ou psicológicas”, completou Andreia.
Ela também falou da violência em procedimentos ginecológicos, que chegam a 37% das consultas. “Por isso precisamos lutar, pois muitas se sentem constrangidas até mesmo em denunciar”, explicou Andreia, lembrando que a violência acontece, geralmente, quando não há testemunha.
Andreia também falou sobre a lei federal 11.108/2005, que dá direito ao acompanhante para a gestante, seja homem ou mulher. “O hospital não tem direito de escolher e não pode dizer que não tem estrutura para permitir o acompanhante. A negativa, por si só, é uma violência”.
A vereadora ressaltou que não quer brigar com as categorias da saúde, mas a violência acontece e é preciso conscientizar a todos. “O projeto irá tramitar e peço apoio para que avance. É um absurdo que a violência aconteça, mas é mais absurdo ver isso acontecer na hora do parto”.
De acordo com o projeto de lei, a Semana de Conscientização da Violência Obstétrica deve ser realizada anualmente na semana do dia 15 de agosto. Considera-se violência obstétrica todo ato praticado pela equipe de saúde como abusos, desrespeitos, maus tratos e negligência durante a assistência ao parto nas instituições de saúde.