Amilton Filho propõe união de forças contra possíveis cortes de incentivos fiscais

por marcos — publicado 04/12/2018 14h05, última modificação 04/12/2018 14h05
Amilton Filho propõe união de forças contra possíveis cortes de incentivos fiscais

Presidente Amilton propõe ação articulada para preservar economia anapolina (Foto: Ismael Vieira)

O presidente Amilton Filho (SD) afirmou na tribuna, na sessão desta terça-feira (4.dez), que os representantes de Anápolis não podem se calar diante da possibilidade de corte de incentivos fiscais para as indústrias instaladas em Goiás, como articula o governador eleito Ronaldo Caiado (DEM). “Que nossa indignação chegue ao governo estadual, à equipe de transição”, frisou.

O governador José Eliton (PSDB) enviou à Assembleia Legislativa um projeto de lei que confirma todos os incentivos fiscais concedidos às indústrias, mas Caiado trabalha para que a matéria seja alterada, cortando o benefício para alguns setores.

Amilton explicou que esteve em Goiânia, conversando com deputados da atual legislatura e membros do novo governo, e ficou “atordoado” com as informações que recebeu. “A proposta é danosa para Anápolis”, resumiu.

O vereador chamou a atenção para o caso da Caoa, montadora instalada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), que pode deixar Goiás caso os incentivos fiscais sejam cortados. Segundo ele, são 1.414 empregos diretos que podem deixar de existir, além das outras centenas de postos indiretos.

Amilton lembrou ainda que a saída da Caoa também cancela os planos da montadora de instalar a linha da Chery na unidade do Daia, que geraria 800 novos postos de trabalho. “É um absurdo o governo Caiado se posicionar dessa forma”, completou.

O presidente ressaltou que é claro que o Estado precisa arrecadar mais, que distorções devem ser corrigidas, mas não se pode prejudicar a indústria automobilística e o setor farmoquímico, pois são grandes geradores de emprego e renda.

Amilton Filho lembrou que as grandes empresas só se instalaram em Goiás porque tiveram incentivos fiscais, já que essa é a única forma de o Estado competir com o eixo Rio-São Paulo, maior mercado consumidor do Brasil. “O custo com transporte, por exemplo, é alto para as empresas que estão em solo goiano, portanto é preciso conceder benefícios para minimizar essa concorrência”, concluiu.

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