Agentes da Polícia Civil participam de sessão ordinária
por cma
—
publicado
13/08/2012 00h00,
última modificação
08/06/2016 11h21
Durante o encontro desta segunda-feira vereadores voltaram a criticar Governo do Estado
Durante a sessão ordinária desta segunda-feira (13/08), a Câmara Municipal abriu espaço para que os agentes e escrivães da Polícia Civil explicassem os motivos que levaram a categoria a deflagrar uma greve que hoje completaram 36 dias. Na ocasião, os policiais foram representados pelo vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol), Divino Inácio.
Ao usar a tribuna no plenário da Casa o sindicalista justificou que o principal motivo da paralisação é a questão salarial. Segundo ele, recentemente o governador Marconi Perillo reajustou os vencimentos dos delegados, e deixou de lado os salários dos escrivães e dos agentes. “Consideramos que isso foi uma injustiça. Desde então, em assembleia o sindicato optou por iniciar a greve. Já que nossa reivindicação não foi atendida”, comentou.
Sem conseguir negociar com o Executivo Estadual, os policiais afirmam que o movimento grevista vai continuar por tempo indeterminado. Divino Inácio também disse que a comunidade goiana é a principal prejudicada com a continuidade da greve. Desde que a categoria cruzou os braços os únicos serviços realizados nas delegacias são os flagrantes e as ocorrências ligadas aos crimes hediondos.
Antes mesmo de o policial iniciar as explicações na tribuna, alguns vereadores já tinham criticado o Governo do Estado durante a sessão ordinária. O primeiro a parlamentar a fazer comentários negativos da gestão de Marconi Perillo foi Mauro Severiano (PDT). “Os policiais estão em greve e não vejo diálogo com o Governo. O Estado vive um momento caótico”, posicionou no pedetista.
Valmir Jacinto (PTC) foi ponderado em suas palavras. Segundo o vereador, a classe policial sofre com vários problemas quem vêm de outras gestões. “Há mais de 15 anos de problemas acumulados, e alguma coisa de concreto precisa ser apresentada”. Sírio Miguel (PSB) disse que atualmente quem manda no Governo de Goiás é o secretário de Gestão e Planejamento Giuseppe Vecci, e que a população está cansada de ver programas que são lançados, mas na prática não funcionam.
Ainda no grande expediente, o petebista Domingos Paula (PTB), ressaltou que as delegacias de Anápolis funcionam em prédios alugados, alguns deles pela Prefeitura Municipal, e sem estrutura adequada para receber a população. “Estão sucateadas. A Câmara Municipal aprovou projeto de doação de terreno para construção de prédios para delegacias, mas nada foi feito até agora”, comentou.
Fotos:
registrado em:
Camara