Secretário da Fazenda explica aos vereadores cálculo para valor da Taxa de Serviços Urbanos

por marcos — publicado 04/04/2017 11h48, última modificação 04/04/2017 11h48
Secretário da Fazenda explica aos vereadores cálculo para valor da Taxa de Serviços Urbanos

Secretário da Fazenda explica aos vereadores cálculo para valor da Taxa de Serviços Urbanos

Ao falar aos vereadores na sessão desta terça-feira (4.abr), o secretário municipal da Fazenda, Geraldo Lino, disse que é favorável à mudança no Código Tributário, que faria com que a definição do valor da Taxa de Serviços Urbanos (TSU) seja precedida de audiência pública.

“Porque vivemos em um grande condomínio e todos precisam discutir o valor que será cobrado no próximo ano”, disse o secretário. Geraldo esteve na Câmara atendendo a convite feito pelo presidente Amilton Filho (SD), para tratar das formas de cálculo que geraram os valores atuais da TSU.

Geraldo explicou que o Código Tributário atual tem 493 artigos, alguns não são claros, e a sua mudança permitiria uma cidade mais competitiva. “Teremos mais transparência e metodologias mais modernas”, afirmou o secretário. Segundo ele, hoje é possível, por exemplo, utilizar o GPS para monitorar a coleta do lixo, dando maior precisão no valor que será pago à empresa que faz a limpeza pública.

Geraldo Lino disse que em relação à TSU, o foco da administração municipal não foi arrecadar, mas sim cumprir a legislação. Ele citou ainda que a Contribuição de Iluminação Pública (CIP) teve redução de 19,16% em 2017, e o IPTU sofreu somente reajuste inflacionário do período, de 6,58%.

O secretário da Fazenda falou ainda que o Código Tributário determina que na formação da TSU, é incluído o valor que foi gasto no ano anterior, rateado pela quantidade de metro quadrado construído na cidade, incluindo a frequência semanal da limpeza em cada região.

Geraldo disse que o Código Tributário e a Lei de Responsabilidade Fiscal impedem que haja renúncia de receita. “Meu trabalho é fazer o equilíbrio da receita”, frisou o secretário, revelando que há uma sinalização de déficit em 2017, portanto é preciso trabalhar em várias contas. “Não tinha como renunciar a essa receita [TSU]”, completou.

Ao responder questionamentos dos vereadores, Geraldo Lino informou que a gestão passada deixou R$ 77 milhões e 635 mil de restos a pagar, no qual R$ 23 milhões são para GC Ambiental, empresa de limpeza pública, que realizou serviços em 2016 que totalizaram fatura de R$ 52 milhões. A concessionária não cuida apenas da coleta e varrição do lixo e da gestão do aterro sanitário. Seu contrato permite outros serviços urbanos prestados ao poder público.

Sobre as dívidas herdadas, Geraldo Lino disse que existem R$ 4 milhões de débitos trabalhistas, e que o prefeito Roberto Naves (PTB) pediu prioridade a eles, pois se trata de questão social e, em alguns casos, até alimentícia, pois são cerca de 700 ex-servidores que têm direito ao recurso.

O secretário da Fazenda explicou a alguns vereadores que não tinha o memorial descritivo que gerou os valores da TSU em 2015 e 2016, mas prometeu que conseguirá os documentos e enviará à Câmara Municipal. Segundo Geraldo, com a gestão de governo que será feita esse ano, ele acredita que a TSU de 2018 terá uma redução de ao menos 20%.

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