Gomide critica reforma política que propõe distritão e fundo para campanhas de R$ 3,6 bilhões

por marcos — publicado 15/08/2017 15h10, última modificação 15/08/2017 15h10

O vereador Antônio Gomide (PT) disse na tribuna, nesta terça-feira (15.ago), que a reforma política proposta por comissão especial da Câmara Federal, em Brasília, é contrária ao sentimento popular. Ele citou a possibilidade de o chamado distritão ser aprovado para a escolha de deputados estaduais e federais, na eleição de 2018, e de vereadores, em 2020.

“O distritão é uma imposição de quem já tem o mandato, de quem tem mais chance de ser eleito”, disse Gomide. Caso o novo sistema seja aprovado nos plenários da Câmara e do Senado, os eleitos para os parlamentos seriam os mais votados. Hoje o sistema proporcional leva em conta o conjunto de votos conquistado por um partido político ou coligação.

Gomide frisou que enquanto agentes políticos, os vereadores precisam se posicionar sobre o que está acontecendo em Brasília. “É preciso entender a nossa postura. Uma coisa é falar, outra é fazer”. Outra proposta defendida em Brasília, considerada pelo vereador a contramão do que quer o povo, é o financiamento público das campanhas eleitorais. Caso aprovado, o fundo teria R$ 3,6 bilhões apenas para o pleito do ano que vem. “No momento que estamos vivendo hoje no País, de crise, seremos coniventes com esse processo?”, argumentou o petista.

Para Antônio Gomide, o caminho para decidir questões deste tipo seria o plebiscito, algo rechaçado pelos políticos em Brasília porque eles sabem que a vontade do eleitor não é a mesma que eles defendem na reforma política. Ao invés de consultar a sociedade, inclusive sobre assuntos que mudariam de fato o sistema político, como o voto facultativo, o vereador do PT disse que os parlamentares preferem mudar as regras eleitorais ano a ano, atendendo a seus interesses.

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